servidor

Quem sou eu

Minha foto
Macapá, Amapá, Brazil
Um repórter que sempre prima pela notícia com credibilidade e transparência

quinta-feira, 11 de março de 2010

Brasileiros entram em confronto com polícia francesa na fronteira

A prisão de mais de 30 brasileiros ontem pela manhã em frente à Clevelândia do Norte na fronteira de Oiapoque com a Guiana Francesa revoltou outros brasileiros que trabalham em canoas e catraias naquela localidade. Segundo o colaborador do jornal Diário do Amapá e correspondente do programa O Estado é Notícia, Roberto Veiga, que acompanhou o caso, a confusão teve início depois que policiais franceses (Gendarmes) apreenderam duas canoas de brasileiros que estariam navegando do lado brasileiro e seguiam de Ilha Bela para Clevelândia. Eles foram levados para as pedras onde permaneceram presos desde as 10h.

Assim que as duas patru-lhas dos policiais franceses deixaram o local, mais de cem catraieiros e canoeiros cercaram os barcos patrulha. O clima ficou tenso depois que alguns barcos foram jogados contra as patrulhas. Houve disparos por parte dos gendarmes. Depois de muita luta os brasileiros presos foram libertados pelos policiais franceses. Uma das embarcações apreendidas também foi liberada.

De volta ao porto da cidade de Oiapoque houve muita comemoração por parte dos brasileiros que festejaram a libertação dos compatriotas. Segundo informações levantadas junto a alguns órgãos de defesa, os policiais franceses não eram da cidade de São Jorge. Eles teriam vindo direto de Cayene em uma operação que já havia sido planejada com dias de antecedência. A revolta também se deu pelo fato de que os brasileiros presos estariam voltando de Ilha Bela para Oiapoque pelo canal do lado brasileiro. Os Gendarmes teriam invadido águas territoriais para realizar a prisão dos homens e apreensão das canoas.

Apesar da festa os brasileiros a situação continuou tensa na área. A atitude dos brasileiros de enfrentar pela primeira vez de forma organizada os policiais franceses que são temidos na região pela forma truculenta como agem pode desencadear uma retaliação futura. Autoridades do Amapá e até mesmo do Itamaraty estavam sendo contatadas ontem para poder intervir de forma diplomática na situação.

Nenhum comentário: