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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008


Terminou por volta de 13h45 de hoje, 15, o julgamento iniciado às 8h da manhã do ex-policial militar, Venzevaldo Rangel da Costa, de 44 anos, que sentou no banco dos réus da 3ª Vara Militar. O julgamento que já deveria ter ocorrido em novembro do ano passado, contou com um júri formado por oficiais militares que analisaram os fatos descritos contra ele.
Após a apresentação de defesa e acusação a Corte Militar considerou que Venzevaldo cometeu um crime militar matando friamente seu colega de farda e superior. Venzevaldo matou com um tiro no ouvido o sargento Edílson dos Santos Moraes. O crime ocorreu no dia 05 de novembro de 2003 no corpo da guarda do Fórum de Santana.
Os motivos até hoje não foram esclarecidos de fato. Após o crime o policial que terminou mas tarde sendo expulso da corporação foi mandado para a penitenciária do Estado onde estava recolhido.
De acordo com o constante nos anais do processo, naquela manhã de 05 de novembro, um outro policial que também tirava plantão chegou com a vítima primeiro no posto de serviço. A testemunha teria saído para ir a uma padaria ali próxima. Ao se deslocar até a padaria, o policial ouviu apenas um forte estampido e em ato seguido viu quando o acusado saiu correndo.
Dentro da guarita Edílson, que foi alvejado a queima-roupa, apenas agonizava sentado em uma cadeira. Ele acabou morrendo antes mesmo de dar entrada no hospital de emergências. Preso inicialmente em regime militar ele foi expulso da polícia e mandado para a prisão comum.
Antes do julgamento a defesa tentava provar que o assassino tinha problemas mentais, o que foi desmentido pelos exames. Segundo o último e definitivo laudo psiquiátrico, Venzevaldo tem apenas um transtorno anti-social, ou seja, ele não aceita regras nem imposições de outras pessoas.
Além da morte do sargento Edílson, Venzevaldo responde por dois outros crimes. Ele é acusado de matar com um tiro na virilha, um funcionário público que tinha sete filhos e ainda, de tentar contra a vida de um taxista. Por esse último crime Venzevaldo foi levado a júri popular, onde acabou sendo considerado culpado pelo conselho de sentença. Pela tentativa de homicídio o assassino teve pena fixada em mais de 18 anos de reclusão.
Agora ele deverá ter a pena unificada, ou seja, somando as condenações, Venzevaldo Rangel da Costa deverá cumprir pena de 40 anos em regime fechado conforme despacho judicial. O advogado disse que vai recorrer. Enquanto isso o policial matador continua trancafiado na cadeia onde paga pelos crimes.

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