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terça-feira, 1 de abril de 2008

Doméstica provoca aborto e pode parar na cadeia


Andréia se apresentou na polícia antes que sua prisão fosse decretada pela justiça

A doméstica Andréia Silva dos Santos, de 23 anos de idade, que havia sido denunciada no último domingo a polícia pela prática de aborto provocado se apresentou na ma-nhã de ontem, 01, na seccional de flagrantes do Pacoval.
Vizinhos da doméstica chamaram a polícia no domingo e comunicaram que Andréia havia feito um aborto e que o feto teria sido enterrado no quintal de uma vizinha com seu consentimento. A polícia e Politec foram acionadas até o local onde constataram a veracidade da denuncia.
A mulher foi procurada no mesmo instante mas já havia fugido do flagrante. Sabendo que poderia ter um mandado de prisão expedido pela justiça ela resolveu se apresentar. Em seu depoimento ela disse que provocou o aborto porque já é mãe de dois filhos e que seu marido havia lhe abandonado.
Sem ter condições de criar uma terceira criança ela conseguiu quatro cápsulas do comprimido "Citotec" que provoca contrações e posterior expulsão do feto (aborto). Depois de ingerir o medicamento ela obteve resultado em algumas horas.
Durante seu depoimento ela se mostrou arrependida. Apesar dos esclarecimentos a polícia abriu inquérito para apurar o caso. Ela responderá o processo em liberdade e poderá ser indiciada pelo crime de aborto. De acordo com o Art. 124 do CPB que trata do (Aborto provocado pela gestante) a mulher poderá pegar de 1 a 3 anos de cadeia. Esse é o segundo caso oficial de aborto registrado no ano. Em ambos o uso do medicamento Citotec pode estar devidamente relacionado.
A droga
O Citotec foi desenvolvido com outro nome há cerca de vinte anos atrás, não para problemas de estômago nem para provocar abortos, mas para produzir contrações no útero quando era necessário apressar o parto ou expulsar um feto já morto do útero de uma gestante. Passados dez anos a droga ainda não tinha saído de seu estágio experimental, mas com a descoberta das qualidades terapêuticas de seu princípio ativo no tratamento de úlcera, deixou de ser pesquisado principalmente para produzir contrações no útero para apressar o parto e passou a ser comercializado para tratar úlceras.
Mas, aos poucos, algumas pessoas descobriram que ele provocava o aborto, inclusive porque o fabricante escrevia na própria bula do remédio que este era contra-indicado para mulheres grávidas dado o risco de poder provocar um aborto. O remédio passou aos poucos a ser comprado, sem orientação médica, não mais para úlcera, mas para provocar o aborto.

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