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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sindicato questiona prisão de agentes


Presidente Edicléia Tavares, afirma que prisões ocorreram de forma arbitrária. Ela também anunciou greve dos agentes para os próximos dias
O Sindicato dos Agentes e Educadores Penitenciários do Amapá se posicionou ontem sobre as prisões e declarou que a operação batizada de "Operação Direitos Humanos" deflagrada pelo MPE ocorreu de forma arbitrária. Para a presidente do sindicato, Edicléia Tavares, o Ministério Público do Estado atuou de forma a fazer um pré-julgamento dos servidores. Segundo ela não havia necessidade de todo o aparato policial e muito menos de se isolar uma quadra inteira como se ali estivessem perigosos criminosos.
"Nós nos sentimos muito afetados hoje pela condução do que foi feito hoje. Essas pessoas foram convocadas e não intimados 22 servidores para estarem lá e ninguém se negou. Foram andando e com suas próprias vontades e quando ali chegaram a prisão estava organizada Então o que não aceitamos foi à condução do trabalho que o Ministério Público fez" disse a presidente.
Edicléia Tavares enfatizou ainda que da forma que os trabalhos foram conduzidos fez parecer à sociedade de que aqueles pais de famílias são criminosos de alta periculosidade. Ela afirmou que as investigações devem, sim, ser concluídas e que se houverem culpados que sejam julgados, mas nesse momento enquanto o processo não foi julgado em transitado o cidadão tem direito a ampla defesa e o contraditório, o que para o sindicato não foi assegurado.
O sindicato desmentiu ainda que houve abandono das funções ontem na área interna do presídio como forma de represália. Edicléia falou que os agentes que se posicionaram em frente ao presídio eram agentes que estavam de folga e que o ato foi em solidariedade aos colegas presos. O sindicato denunciou as precárias condições de trabalho nas quais os agentes são obrigados a exercer suas funções. Segundo eles não existe uma política penitenciária e os servidores trabalham aquém, sem a mínima estrutura de segurança para eles próprios. A penitenciária do Amapá é vista pelo sindicato como um depósito humano. A palavra ressocialização não faz parte do vocabulário do Iapen.

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